Ontem vi CÂNDIDA ,
http://www.destaquesp.com/index.php/Cultura/Teatro/candida.html
de G. Bernard Shaw, com direção do Zé Henrique de Paula, lá no teatro Brigadeiro.
É, sem dúvida alguma, uma das peças mais bacanas em cartaz.
O texto discute o amor de uma maneira muito delicada, opondo de forma clara a ordem e o progresso.
Sérgio Mastropasqua é brilhante na composição do marido, um pastor ligado ao socialismo e às causas sociais.
Este discurso se confronta na relação com sua mulher, Cândida.
Ali, a estabilidade dá lugar ao comum, ao amor plácido e responsável.
O contraponto vem na figura romântica e anárquica de Eugênio, lindamente feito por Thiago Carreira.
No meio dos dois, o alvo do amor, Cândida.
Na apresentação que vi, a atriz era Patrícia Pichamone, que vem a ser uma das melhores atrizes que já vi em cena.
Patrícia conduz a platéia num jogo de inteligência e sensualidade, mesmo vestida dos pés à cabeça.
Coisa de grande atriz.
E o resto do elenco não fica atrás.
João Bourbonnais, Fernanda Maia e Thiago Ledier vão do cômico ao trágico com uma leveza impressionante.
Boubonnais, em especial, me surpreendeu: figura doce na vida real, é um ogro divertidíssimo no palco.
E tem a direção do Zé Henrique, que mostra a cada trabalho o grande diretor que é.
Numa peça extremamente textual, Zé Henrique conduz a platéia com uma forte mão invisível: não impõe nada, apenas convida o espectador a entrar.
E o convite é aceito de forma impressionante.
Zé Henrique de Paula é um cara com quem eu preciso trabalhar.
CÂNDIDA é um espetáculo imperdível.
O que você está fazendo que ainda não foi atrás ?
Peça boa nunca fica muito tempo em cartaz.
Então corre!
Otavio Martins
Ator, diretor, autor.
Um comentário:
eu vi este post no blog do Otávio...
e vi alguns outros comentários online sobre o espetáculo. Fiquei super a fim de ver...
Parabéns pelo trabalho!
E sucesso, break a leg!
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